Daqui para a frente, o YouTube pretende analisar o conteúdo dos canais mais populares, segundo a Bloomberg. A ideia é impedir que anúncios de grandes empresas apareçam em vídeos ofensivos. O Google terá 10 mil moderadores humanos para essa tarefa, e também vai usar inteligência artificial para detectar vídeos inadequados para anúncios. O foco será no Google Preferred, que reúne “os 5% dos canais mais vistos, seguidos e compartilhados do YouTube”. É o segmento em que anúncios custam mais caro, devido ao engajamento maior. “Estamos discutindo e buscando feedback com nossos parceiros sobre maneiras de oferecer-lhes ainda mais garantias sobre o que eles compram no Upfronts”, diz um porta-voz do Google. O Upfronts é um evento anual, geralmente realizado em maio, em que as marcas compram espaços para anúncios na TV e no YouTube. No último ano, o YouTube teve diversas dores de cabeça com anunciantes. Em março, 250 grandes marcas deixaram de veicular anúncios, porque alguns eram exibidos juntamente a vídeos extremistas. Algumas semanas depois, a empresa anunciou medidas para combater este tipo de conteúdo. Em novembro, outra polêmica: diversos canais do YouTube tinham vídeos voltados para crianças, mas traziam conteúdo erótico ou violento — como a Peppa sendo torturada por um dentista. Depois que grandes empresas interromperam a exibição de anúncios, o YouTube removeu 150 mil vídeos “infantis”. Então, na virada do ano, mais outro problema. Logan Paul publicou um vídeo de um cadáver em Aokigahara, conhecida como a “floresta dos suicídios” do Japão. Após críticas, ele removeu o vídeo. O YouTube anunciou medidas punitivas mais de uma semana depois, incluindo remover Paul do programa Google Preferred. Com informações: Bloomberg.