PCIe 6.0 é oficial e promete SSDs e placas de vídeo ainda mais rápidasEntenda os tipos de placa-mãe de PC e as principais diferenças
Que fique claro desde já: esse não é um tipo de hardware finalizado ou um padrão a ser adotado em escala comercial (ainda não). Por ora, a ideia não passa de um projeto desenvolvido por físicos da Universidade de Lancaster, no Reino Unido. Apesar disso, a proposta soa interessante. Uma definição resumida para a novidade é: a UltraRAM é uma tecnologia que “combina a não volatilidade de uma memória de armazenamento de dados, como a flash [usada em SSDs, pendrives e afins], com a velocidade, eficiência energética e resistência de uma memória de trabalho, como a DRAM”. Uma memória não volátil é aquela que preserva os dados mesmo quando não há fornecimento de energia. É o caso de SSDs e HDs, que mantêm os dados gravados mesmo quando o computador está desligado. As tecnologias de memória RAM que conhecemos, por sua vez, são voláteis, ou seja, perdem os dados armazenados quando não há fornecimento de energia. Elas funcionam como uma memória temporária, portanto. Apesar disso, faz sentido usá-las. Uma das razões para isso é o fato de elas serem mais rápidas que SSDs e HDs na transferência de dados para a CPU. O que os pesquisadores da Universidade de Lancaster propõem é um tipo de memória não volátil, mas que, ao mesmo tempo, pode ser tão rápido quanto um módulo DRAM.
O melhor dos dois mundos
Em tese, você conseguiria então contar com 1 TB ou 2 TB de UltraRAM, por exemplo, e pouco ou nada se preocupar com o desempenho do computador, pois todos os dados armazenados ali poderiam ser tratados dentro de parâmetros de transferência equivalentes aos das memórias RAM convencionais. A ideia não é exatamente inédita. Se observarmos bem, as memórias Intel Optane, por exemplo, são, até certo ponto, uma tentativa de concentrar em um dispositivo os benefícios de um SSD e de uma memória RAM. Mas, entre outros fatores, é preciso que os custos de fabricação sejam viáveis para que a proposta vingue. Quanto a isso, os pesquisadores explicam que o projeto é baseado em materiais semicondutores acessíveis e que são empregados em LEDs e lasers, por exemplo, como antimoneto de gálio (GaSb) e antimoneto de alumínio (AlSb). Os estudos apontam que um módulo UltraRAM pode armazenar dados por mais de 1.000 anos, mas há vários outros parâmetros que ainda precisam ser avaliados, como a confiabilidade da gravação de dados, o desempenho na leitura de informações e a viabilidade do processo de produção. Não devemos esperar que a UltraRAM chegue ao mercado em breve, consequentemente. Talvez isso nunca aconteça. De todo modo, as pesquisas continuam. Com informações: Tom’s Hardware.