Compras do exterior via Shopee, AliExpress e outras serão taxadas em 18% no DFComo funciona o leilão da Receita Federal para comprar eletrônicos

Em dezembro de 2021, todas as categorias de produtos pesquisadas pelo IBGE tiveram alta provocada pela inflação. O instituto destaca que a categoria de artigos de residência — que inclui eletrodomésticos e produtos de linha branca, como geladeiras — sofreu um dos maiores reajustes no mês. A categoria de transportes, que engloba os serviços prestados pelos aplicativos, teve aumento de 0,58% no preço, o que representa uma queda em comparação a novembro, quando o serviço sofreu reajuste de 3,35%. A diminuição foi puxada principalmente pela baixa no preço dos combustíveis, que caiu 0,94% no último mês do ano.

Geladeiras ficaram 20% mais caras em 2021

O IBGE aponta que a alta nos artigos de residência foi puxada pelos móveis, com aumento de 2,07%, e pelos eletrodomésticos e equipamentos, com 1,77%. No IPCA de acumulado de 2021, o custo de produtos dessa categoria sofreu um aumento de 13,65%. Em específico, as geladeiras tiveram o maior impacto para o bolso do consumidor, com acréscimo de 20,21% no preço, acompanhando a inflação. Mesmo com a conta de luz ainda mais cara em 2021, o consumidor pode escolher uma geladeira econômica no consumo de energia. O Inmetro tem um índice — compilado pelo Tecnoblog — de equipamentos com menor consumo de eletricidade para o consumidor que precisa de um refrigerador. Uma boa notícia: o aparelho de ar condicionado ficou ainda mais baratos no ano passado, com queda acumulada de 0,89% no preço. Também é um gasto que pode pesar na conta de luz, dependendo do uso. O Inmetro possui um programa que informa ao consumidor quais são os modelos que menos consomem energia.

Transporte por aplicativo sobe 33% devido à inflação

O preço dos transportes por aplicativo aumentou em mais de 33% em 2021. Foi uma alta acima da média do setor geral de transportes, de 21%. Mesmo em dezembro, com a alta expectativa de Uber e 99 em relação ao aumento da demanda provocado pelas viagens de final de ano, os transportes por aplicativo fecharam o ano com reajuste de 11% no IPCA. Um fator que impediu um aumento ainda maior no preço de viagens por aplicativo no último mês do ano foi a queda no custo dos combustíveis, depois de sete meses de alta. Entretanto, comprar e manter um carro novo ou usado para trabalhar como Uber e 99 no Brasil ficou ainda mais caro em 2021. No ano passado, veículos novos fecharam com alta acumulada de 16,16% no preço, enquanto automóveis usados ficaram 15% mais caros em razão da inflação. O etanol e a gasolina comum sofreram o maior acréscimo da categoria de transportes ao longo de 2021: 62,23% e 47,49%, respectivamente.

TVs e assinaturas de streaming ficaram mais caras

Dispositivos de som, informática e TV sofreram alta de 0,70% com a inflação em dezembro. Já o conserto desse tipo de aparelho ficou mais 0,79% caro. É uma alta considerável em relação a novembro, quando o IPCA teve um impacto menor para ambas as categorias: de 0,03% e 0,06%, respectivamente. No acumulado do ano passado, os dispositivos de som, informática e TV tiveram um reajuste superior a 10% nos preços, com destaque para televisores (19,17%) e consoles (21,89%). Até outubro, a alta no custo de gadgets como o PS5 e o Xbox Series X era de 17%. No setor de comunicação, serviços de streaming tiveram uma alta acumulada de quase 17% nas assinaturas, segundo o IBGE. Isso se reflete no aumento do preço de algumas assinaturas em 2021, como foi o caso do Netflix — mensalidade passou a custar entre R$ 25,90 a R$ 55,90 mensais. O Spotify também reajustou o custo de todos os seus planos, com o maior sendo o plano família, que foi de R$ 26,90 para R$ 34,90 ao mês. O preço dos streamings não só subiu acima da inflação, mas também da média de 1,38% do setor de comunicação registrada em 2021. Um levantamento feito pelo Tecnoblog constatou que pagar por todos os serviços de streaming no Brasil pode chegar a mais de R$ 300. As assinaturas das plataformas mais populares, como Netflix, Prime Video, HBO Max e o combo Globoplay mais Disney+ custam R$ 137,60 por mês — algo próximo ao preço de um plano de TV a cabo.

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