Como ver contas e dívidas feitas no seu CPF e CNPJ [Registrato]5 dicas de segurança para não cair em golpes do Pix
O usuário do Twitter Bruno Predolin fez um post, na tarde de sexta-feira (6), alertando sobre o problema e recomendando encerrar a conta no app. Ele alega que as quantias pré-aprovadas são altas e não há verificações de segurança suficientes. Predolin ainda incluiu quatro prints de relatos semelhantes. Nas publicações, clientes do PicPay que tiveram empréstimos realizados sem seu conhecimento, e que só ficaram sabendo quando houve uma cobrança.
Segundo empréstimo é fácil até demais
Um membro da própria equipe do Tecnoblog relata que a segurança do PicPay neste tipo de procedimento parece insuficiente. Em um primeiro empréstimo, feito usando um celular Samsung, ele teve que passar pelos procedimentos padrão, como reconhecimento facial e envio de documentos. Depois de trocar de aparelho para um iPhone, porém, o PicPay não pediu nada além da senha para confirmar um segundo empréstimo. Além disso, o e-mail confirmando a operação demora a chegar — ele poderia ser usado pelo cliente para identificar uma transação indevida e tomar as devidas providências o mais rápido possível. Outro problema é que o limite padrão para Pix costuma ser bem alto — R$ 10 mil, no caso de nosso colega. Isso é um prato cheio para ladrões fazerem empréstimos no nome da vítima e transferirem o dinheiro para contas de terceiros.
O que diz o PicPay
O Tecnoblog entrou em contato com o PicPay para esta reportagem. A empresa enviou a seguinte nota:
O que fazer em casos assim
O Tecnoblog conversou com o advogado Marcos Poliszezuk, sócio-fundador do Poliszezuk Advogados. Ele explicou o que deve ser feito quando o cliente percebe que há um empréstimo feito em seu nome sem autorização. O PicPay reforça que o empréstimo pessoal só é oferecido a contas validadas e, na contratação, é exigido o duplo fator de autenticação pelos mecanismos de senha, reconhecimento facial ou documentação. Somente após a certificação da veracidade dos dados, é depositado o dinheiro. A companhia ainda ressalta que investe constantemente no aprimoramento dos sistemas de segurança e proteção de dados, reafirmando o seu compromisso de preservar as informações dos seus clientes. Em casos em que há suspeita de uso indevido, o PicPay realiza uma análise minuciosa para responder da forma mais ágil possível para garantir a melhor experiência aos seus milhões de usuários. O advogado diz que a primeira providência é entrar em contato com o banco, financeira ou fintech que concedeu o empréstimo. Se nada for resolvido, a alternativa é procurar o juizado especial de pequenas causas e solicitar a reparação dos danos materiais. Poliszezuk diz que o entendimento tem sido favorável aos consumidores: Se esta for mesmo a decisão da Justiça, o cliente lesado pode receber indenização por danos morais.