A cidade de Nova York tem cerca de 130 mil veículos cadastrados para transporte de terceiros. 80 mil fazem corridas solicitadas através de aplicativo; 13,5 mil são os famosos táxis amarelos; e há também 32 mil carros pretos. Nos próximos 12 meses, nenhum outro veículo receberá autorização para oferecer transporte via aplicativo, incluindo Uber e concorrentes. A restrição não vale para táxis, nem para veículos com acessibilidade para cadeiras de rodas. Após esse prazo, a cidade vai avaliar se libera a emissão de licenças novamente. Além disso, será estabelecida uma taxa mínima que os motoristas de aplicativo deverão receber. O prefeito Bill de Blasio acredita que o Uber está “inundando o mercado com o maior número possível de carros e motoristas”, e diz que isso “literalmente reduziu os ganhos deles para abaixo do salário mínimo”.
Uber responde
O Uber, obviamente, não gostou da nova lei. A empresa diz que a medida “ameaça uma das poucas opções confiáveis de transporte, sem fazer nada para consertar os metrôs ou aliviar o congestionamento”. Existem 40 mil veículos licenciados em Nova York que trabalham para o Uber, mas não o tempo todo. “Muitos deles não são usados durante grandes partes da semana. Entraremos em contato com os proprietários para permitir que, quando não estiverem dirigindo, novos motoristas usem esses veículos”, diz o Uber em comunicado. O Lyft, por sua vez, nota que isso afetará particularmente as comunidades de bairros mais distantes, além de minorias. Enquanto isso, o sindicato Amalgamated Transit Union apoia a nova lei. Seu presidente, Lawrence Hanley, diz que Uber e Lyft “estruturaram sua força de trabalho para abusar de motoristas, sem oferecer um salário aceitável, seguro de saúde acessível, pagamento de horas extras, planos de aposentadoria, seguridade social, seguro-desemprego e o direito de se unir a um sindicato”. Com informações: Ars Technica, New York Times.