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Por anos na liderança dos streamings, a Netflix se tornou bastante conhecida pela quantidade de produções que sempre lançou mensalmente em seu catálogo. O que, invariavelmente, resultava também em alguns cancelamentos ao longo do caminho. Recentemente, porém, os números de séries cortadas do serviço têm chamado mais atenção do que o normal, especialmente porque algumas das produções parecem ter um público consolidado, além da boa receptividade da crítica. Além das séries Grace and Frankie, Ozark e Locke & Key que serão encerradas ainda esse ano, os títulos À Beira do Caos, Arquivo 81, Gentefied, Cozinhando com Paris Hilton, Outra Vida e O Clube das Babás foram oficialmente cancelados do catálogo da plataforma só neste primeiro trimestre de 2022. A notícia sobre O Clube das Babás, inclusive, foi recebida com bastante espanto pelo mercado, já que, em 2021, o show era apontado pela crítica como uma das 10 melhores séries originais da Netflix. Além desses títulos, de acordo com Lucas Shaw, jornalista da Bloomberg, o filme Bright 2, estrelado por Will Smith, também entrou na lista de cortes da plataforma, mesmo depois de suas gravações já terem iniciado — algo que, segundo o profissional, ocorreu por outros motivos e não pelo incidente no Oscar desse ano. E, já oficializado pela plataforma, Bone, a esperada animação anunciada em 2019, que seria uma adaptação dos quadrinhos de mesmo nome, também não passou ilesa à esteira de cancelamentos. No caso de Bone, especialmente, a notícia parece estar ligada a um problema ainda maior enfrentado por todo o Netflix Animation, estúdio de animação que é um subsidiário da Netflix. Segundo informações divulgadas pelo site americano The Wrap, o Netflix Animation iniciou recentemente um processo de reestruturação, especialmente na sua divisão Kids & Family. Após diversos de seus funcionários terem sido demitidos, incluindo Phil Rynda — um dos maiores nomes do departamento e diretor de liderança criativa e desenvolvimento de animações originais da plataforma —, criadores da empresa contaram ao site que não apenas Bone, mas diversos projetos de alto nível do estúdio foram cancelados sem nenhuma cerimônia.
A onda de cancelamentos da Netflix
A Netflix nunca escondeu que empregava um modelo de “cost-plus” em sua plataforma e que os dados de audiência versus seu custo de produção eram ingredientes essenciais para estabelecer a longevidade de um show. Aqui no Tecnoblog, inclusive, já discorremos sobre uma combinação de fatores que profissionais de dentro da própria empresa e observadores da indústria apontam como essenciais para que uma série continue ou não no catálogo do streaming, como a presença do público, a recepção positiva da crítica e a velocidade com que um título se torna popular entre os assinantes. Atualmente, no entanto, esses fatores também se juntaram as recentes notícias sabidas da Netflix, como a sua perda de 200 mil assinantes no primeiro trimestre do ano e a previsão de que 2 milhões de assinantes deixarão a plataforma ainda no 2º trimestre. Dados que, somados aos algoritmos que nem sempre refletem o carinho do público por uma série, ainda têm tudo para influenciar no destino de muitas produções do serviço. Com informações: Tom’s Guide e The Wrap