AMD bate recorde e responde por 25,6% dos processadores; Intel cresce em PCsComo saber a geração do processador Intel
Tower Semiconductor: que empresa é essa?
É provável que você nunca tenha ouvido falar da Tower Semiconductor. Por outro lado, há boas chances de você já ter usado algum componente dela sem saber: os chips da empresa estão presentes em carros, aeronaves, equipamentos médicos, máquinas industriais e por aí vai. Ao contrário, da Intel, que tem fábricas direcionadas a chips altamente sofisticados, a israelense Tower Semiconductor é especializada em semicondutores para fins mais específicos, que costumam ser feitos sob medida para determinadas aplicações. Entre esses componentes estão sensores, sistemas microeletromecânicos, chips do tipo RF CMOS, entre outros. Frequentemente, esses produtos não seguem as tecnologias mais recentes do setor de semicondutores, mas eles são importantes porque atendem a aplicações específicas de companhias de vários ramos de atuação.
Intel quer diversificar
A Intel mudou de rumo depois que Pat Gelsinger assumiu o posto de CEO. Entre as várias medidas anunciadas pelo executivo para fazer a companhia ganhar a liderança do mercado de semicondutores está a de prestar serviço para empresas que projetam chips, mas terceirizam a produção destes, segmento que tem a TSMC como principal nome. Está aí a razão para a Intel anunciar o investimento inicial de US$ 20 bilhões em novas fábricas e dar mais abertura à arquitetura RISC-V, por exemplo. Pelo menos até certo ponto, a compra da Tower Semiconductor faz parte desse movimento. O negócio foi anunciado um semestre depois da aparente tentativa frustrada de compra da GlobalFoundries, empresa que é justamente uma das principais rivais da Tower Semiconductor. De acordo com a Intel, “a experiência da Tower em tecnologias especializadas, como radiofrequência (RF), energia, silício-germânio (SiGe) e sensores industriais (…)” está entre os fatores que pesaram na decisão de compra. Com a aquisição, a Intel incorporará fábricas de semicondutores de 100, 200 e 300 mm em países como Israel, Estados Unidos e Japão. O negócio ainda precisa passar por aprovação de órgãos reguladores, mas Gelsinger acredita que esse processo será tranquilo. A expectativa é a de que a compra seja concluída em até 12 meses. Com informações: Wall Street Journal, Tom’s Hardware.