Segundo o site Livecoins, o grupo BlackCat/Alphv, que está por trás da ação, publicou oito arquivos confidenciais da Record e promete mais em breve. Entre os documentos, estão o passaporte da apresentadora Ana Hickmann, uma sentença da Justiça do Trabalho, um extrato da B3 (bolsa de valores de São Paulo), uma planilha com pagamentos feitos por anunciantes e outra, pelo Governo Federal. Como observa o jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, estes vazamentos mostram que o problema é mais sério do que se pensava. Em um primeiro momento, a hipótese era de que apenas vídeos de reportagens e programas de estúdio haviam sido afetados. E a situação pode ser ainda pior: os hackers podem ter acesso a e-mails trocados pelos funcionários, inclusive pela cúpula da emissora.
Prazo para resgate venceu no sábado (15)
As informações foram divulgadas pelos hackers um dia depois do ultimato dado à Record. Os invasores pediram o pagamento de US$ 5 milhões em bitcoins para devolver os arquivos sequestrados. A quantia deveria ser transferida até 13h50 do sábado (15). Segundo o Livecoins, o BlackCat/Alphv diz que as empresas que estão em seu site não cooperaram com o grupo e tentaram esconder os ataques. Sobre o vazamento da Record em específico, o grupo diz estar procurando clientes para vender os dados na darknet.
Ataque hacker deixou programas da Record fora do ar
A ação dos hackers ocorreu no dia 8 de outubro. O ataque foi do tipo ransomware, quando os arquivos de um sistema são “sequestrados” usando criptografia e ficam inacessíveis até o pagamento de um resgate. Com vídeos de reportagens inacessíveis, a Record teve que tirar o programa Fala Brasil do ar, já que as matérias não podiam ser exibidas. Programas ao vivo não foram prejudicados. A emissora não se pronunciou sobre o assunto até o momento. Com informações: Livecoins, UOL 1, 2.