Os números impressionam — mas dá de surpreender ainda mais. Em 2018, as redes sociais da Meta faturaram R$ 23 milhões com publicidade, enquanto o Google ganhou “apenas” R$ 6 milhões, totalizando R$ 29 milhões entre as duas empresas. O investimento com anúncios tiveram um crescimento aproximado de 5,5 vezes nestas eleições.
Gastos com anúncios não foram garantia de vitória
Começando pelo Facebook, que engloba também os gastos com Instagram, os cinco candidatos que mais gastaram com anúncios foram: Jair Bolsonaro, atual presidente, atingiu a primeira posição em gastos com anúncios no dia 19 de outubro, quando a campanha realizou duas despesas, uma de R$ 499 mil e outra de R$ 532 mil (aproximadamente R$ 1 milhão). Os gastos vieram um dia depois de uma fala polêmica do presidente sobre jovens venezuelanas. Dos cinco candidatos que mais gastaram com anúncios nas redes sociais da Meta, somente Elmano de Freitas foi eleito — e em primeiro turno. O futuro governador do Ceará também está presente na lista dos que mais gastaram no Google. No top 10, além de Elmano, Jorginho Mello e Camilo Santana também foram eleitos. O primeiro gastou R$ 620.000, enquanto o segundo pagou R$ 500.000 por anúncios nas redes sociais.
Gastos com Google aumentaram quase 12 vezes
O salto de R$ 6 milhões em 2018 para R$ 71,9 milhões em gastos com anúncios no Google representa um aumento de quase 12 vezes. Os candidatos que mais gastaram foram: O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não aparece na lista de candidatos que gastaram com redes sociais. Entretanto, a campanha de Lula investiu R$ 10,4 milhões em anúncios no Google — mais que o dobro de Jair Bolsonaro, segundo candidato que mais investiu. Ciro Gomes e Elmano de Freitas, além de Bolsonaro, também aparecem na lista dos cinco maiores gastos do Google. Simone Tebet, segunda que mais investiu no Facebook, foi apenas a nona que mais colocou dinheiro em anúncios do Google. Os gastos divulgados com Google e Facebook se referem aqueles feitos pelas campanhas dos candidatos. Anúncios feitos por agências não constam nos dados divulgados pelo TSE. Com informações: TSE