Facebook deixou crianças gastarem milhares de dólares em jogos free-to-play
Em nota publicada na segunda-feira (28), a comissão afirma ter solicitado ao Facebook “um resumo urgente sobre o que está sendo proposto”. O órgão deseja saber como as plataformas serão ligadas, apesar de entender que a ideia está em uma etapa “muito inicial de desenvolvimento”.
“A Comissão Irlandesa de Proteção de Dados examinará de perto os planos do Facebook conforme eles se desenvolverem, particularmente na medida em que envolverem o compartilhamento e a fusão de dados pessoais entre diferentes empresas do Facebook”, diz o comunicado. A autoridade aponta que buscará garantias de que a companhia levará em conta todas as preocupações sobre proteção de dados. E lembra: “a integração proposta só poderá ocorrer na União Europeia se for capaz de atender todos os requisitos do GDPR [Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados]“. O debate a respeito da integração de serviços do Facebook não é novo e ocorre, ao menos, desde a compra do WhatsApp. Em entrevista concedida em 2018 à Forbes, o cofundador do WhatsApp, Brian Acton diz que não soube dos planos de Mark Zuckerberg de mesclar dados entre as duas plaformas até a aquisição ser aprovada. “Fui instruído a explicar que seria realmente difícil mesclar dados entre os dois sistemas”, disse Acton, ao lembrar de uma conferência com representantes da Comissão Europeia de Concorrência. Um ano e meio depois do acordo, o WhatsApp atualizou seus termos e abriu a brecha para o Facebook integrar dados dos usuários. O plano do Facebook também foi criticado por autoridades americanas. Para o deputado Ro Khanna, da Califórnia, as compras do WhatsApp e do Instagram deveriam ter sido mais analisadas para evitar situações como essa. “Imagine como o mundo seria diferente se o Facebook tivesse de competir com Instagram e WhatsApp”, afirmou. “Isso teria encorajado uma competição real que teria promovido a privacidade e beneficiado os consumidores”. O modelo de integração ainda não foi definido pelo Facebook, mas, aparentemente, a empresa deseja colocar as mensagens de WhatsApp, Instagram e Messenger sob o mesmo guarda-chuva. A companhia garante que, apesar das informações passarem para o mesmo local, as três plataformas continuarão sendo indepententes e funcionando de maneira separada. Com informações: Mashable, The Verge.