A nova onda de covid-19 no Brasil e o que sabemos até agoraÔmicron BQ.1 | Cepa da covid-19 é resistente aos anticorpos monoclonais

Os casos das novas subvariantes da Ômicron foram confirmados após análise genômica de testes da covid-19 realizados nas cidades Santo André e São Caetano do Sul. A descoberta foi feita pelo Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário da Faculdade de Medicina do ABC (Fmabc).

Novas subvariantes da Ômicron são mais graves?

“Conforme surgem novas mutações, sempre temos algumas alterações no número de casos, mas isso não impacta necessariamente na gravidade [da doença]”, explica Beatriz da Costa Aguiar Alves, pesquisadora e coordenadora do setor de Biologia Molecular do laboratório da Fmabc, em comunicado. Afinal, mutações surgem de forma natural, enquanto um vírus se replica. Acontece que algumas podem oferecer vantagens, como maior transmissibilidade, enquanto outras podem prejudicar o agente infeccioso. Por enquanto, o conhecimento sobre as duas novas subvariantes da Ômicron e o impacto no comportamento viral são limitados. No entanto, sabe-se que as duas descendem da BQ.1, que provoca novas ondas da covid-19 por onde chega, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. É considerada mais transmissível. No caso dos pacientes infectados pelas cepas na Grande São Paulo, os sintomas da covid-19 eram leves e não apresentaram complicações da doença. O status vacinal dos indivíduos não foi divulgado.

Testes positivos da covid-19 estão em alta

Apesar da descoberta das novas subvariantes BQ.1.1.17 e a BQ.1.18, a predominância ainda é da subvariante BA.5 no total de amostras analisadas pelo laboratório no período. Esta cepa também se mantém como predominante em todo o país. Como ocorre em outras partes do Brasil, as análises do laboratório indicam o aumento de positividades nos testes da covid-19, sendo que 75% dos deram positivo nas últimas semanas. É mais um indicativo, mesmo que localizado, da chegada de uma nova onda do vírus ao país.
Fonte: Fmabc