Neuralink | O que é e como funciona o projeto que conecta um chip ao cérebroNeuralink: projeto de Elon Musk preocupa especialistas
Buscando novas formas de conectar o cérebro humano e as máquinas, Hodak fundou a Science Corp e, no momento, já conseguiu levantar 160 milhões de dólares (cerca de 863 milhões de reais) em financiamento para a nova empreitada. No momento, os testes envolvem apenas animais. Específicamente, coelhos. Apesar da provável cisão, o cofundador prefere não discutir publicamente os motivos que o levaram a deixar a Neuralink em maio do ano passado. Segundo o site Bloomberg, Hodak ainda teria ações da empresa que ajudou a fundar.
Como deve funcionar a nova interface cérebro-computador?
Na Neuralink, o objetivo é conectar o cérebro e a máquina através de chips, o que envolve procedimentos cirúrgicos bastante invasivos e, potencialmente, perigosos — é difícil prever como o órgão será afetado pelo implante. Agora, na Science Corp, a interface cérebro-máquina deve ser construída a partir dos princípios da fotônica. Em outras palavras, a ciência que estuda a geração, transmissão e detecção da luz. Na nova startup, a proposta é, por enquanto, menos invasiva, já que envolve um implante apenas no olho do paciente. Aqui, a ideia é usar a luz e o nervo óptico do olho do próprio paciente como um caminho para o cérebro. Até hoje, controlar esse mecanismo é algo inédito para a ciência.
Como a Science Corp quer conectar o cérebro com computadores?
Os planos da Science Corp ainda estão longe de serem concretizados e apenas um equipamento, chamado de Science Eye, foi lançado para fins exclusivamente científicos. Experimentos com a tecnologia implantável no olho são realizados em coelhos que perderam a visão e, nos próximos dois anos, os primeiros testes poderão ser feitos em humanos, caso sejam autorizados. Basicamente, a tecnologia foi desenvolvida para o tratamento — diga-se recuperar algo próximo à capacidade de enxergar — de pessoas que perderam parte da visão após alguns tipos específicos de problemas de saúde, como a retinite pigmentosa e a degeneração macular. Caso os testes sejam bem-sucedidos, “as imagens que os primeiros pacientes experimentarão podem parecer bem diferentes do que você ou eu pensamos como visão. Pensamos que isso é algo que vai melhorar à medida que aprendemos mais — essa neurociência é difícil de fazer em animais — mas, mesmo assim, esperamos restaurar uma independência significativa até mesmo para nossos (futuros) primeiros pacientes”, afirma a startup, em comunicado. Fonte: Bloomberg e Science Corp