Depois de um longo período de investigação, os reguladores europeus entenderam que o Google usou o domínio do Android para exigir que determinados aplicativos ligados aos seus serviços viessem pré-instalados nos celulares. Eles também condenaram a política da companhia de proibir versões modificadas do sistema operacional sem a sua autorização. Para Margrethe Vestager, comissária antitruste da Comissão Europeia, “essas práticas negaram aos rivais a chance de inovar e competir com base em méritos”.
Agora, o Cade quer saber se esse comportamento anticompetitivo também existiu no Brasil, ou seja, se as exigências do Google com relação ao Android afetam a concorrência dentro do mercado brasileiro de celulares. O resultado da análise preliminar é que vai apontar se um procedimento de investigação deve ou não ser instaurado. O Google Brasil foi procurado, mas não comentou o assunto. De todo modo, não é a primeira vez que a companhia fica sob a mira do Cade. Desde 2014 que o órgão investiga se houve abuso na exibição de resultados do Google Shopping e de posição dominante no mercado de busca local. Mas outros dois processos administrativos foram arquivados pelo Cade em maio por falta de evidências. O primeiro apurava a denúncia de que o Google havia copiado avaliações de produtos dos sites do Buscapé e Bondfaro. O segundo investigava se o Google teria tentado evitar que empresas anunciassem em seus serviços e no Bing ao mesmo tempo. Com informações: Valor.