Em agosto do ano passado, tanto o CEO da Apple quanto o Ministro das Finanças da Irlanda discordaram da decisão da União Europeia e continuam recorrendo.
Com subsidiária no país, a Irlanda permitiu que a Apple pagasse entre 0,005% e 1% de imposto sobre seus lucros em toda a Europa, repassando o resto para a sede da empresa nos Estados Unidos. O caso é tratado como uma evasão fiscal pela corte europeia. A Irlanda também é beneficiada, de certa forma, em permitir taxas tão baixas, por conta do investimento doméstico que a Apple faz no país, seja para montar sua sede ou contratar funcionários. Outros esquemas da empresa, inclusive na Irlanda, já foram explicados com mais detalhes neste post, que explica o Paradise Papers. A legislação irlandesa permitia também que a Apple seja registrada lá, mas tenha sede fiscal (isto é, seja administrada) em outro país, inclusive em um paraíso fiscal. No caso da Apple, o paraíso fiscal se encontra nas Bahamas. Apesar de ter concordado em fazer o pagamento, a Apple vai continuar recorrendo à decisão. Em nota enviada ao Wall Street Journal, a empresa afirmou estar confiante que a deliberação será derrubada depois que as evidências forem examinadas. Caso a Apple perca, precisará pagar o boleto da UE até o primeiro trimestre de 2018. Com informações: The Verge, Wall Street Journal.